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0 A ida e encontro com Guimarães.

       Mais ou menos em outubro de 2013 eu recebi uma noticia que mudaria minha vida: Tinha passado em um programa para um semestre de intercâmbio em Portugal. Minha inscrição no programa aconteceu sem nenhum planejamento, eu escutei minha amiga comentar que tinha se inscrito e sem ambição nenhuma de me inscrever também perguntei até quando ia a seleção e ela me disse que acabava naquele mesmo dia. Para mim que não estava nenhum pouco interessada aquilo não fez nenhuma diferença, voltei pra minha casa e segui normalmente com a minha rotina.
       No outro dia entrei no site da faculdade por algum motivo e vi que a inscrição ainda estava aberta e então, não sei porque nem pra que, me inscrevi! Deu tudo errado no inicio, porque as inscrições no meu campus tinham mesmo acabado no dia anterior mas isso não constava no edital, eu entrei em contato com Deus e o mundo pra mudar isso e acabei conseguindo enviar meu nome ao projeto. Fiz tudo isso sem pensar em porque queria aquilo e SE eu queria, foi tudo num impulso louco e eu nem sabia se iria dar certo, uns dias depois recebi a noticia de que tinha dado certo, minha inscrição tinha sido enviada.
       Alguns dias depois, dentro de uma van vi meu nome na listas dos aceitos, meu coração quase parou, me senti feliz e eufórica, sentimentos que logo foram substituídos por incerteza e medo, já que eu não tinha nada certo, meus sequer sabiam que eu tinha me inscrito na seleção. Eu tinha apenas UM dia pra confirmar com a minha universidade se queria ficar com a vaga ou não, então liguei pra minha mãe e vó e conversei com elas explicando a situação ("vó, passei no intercambio, posso ir?" "não, não tenho tempo pra pensar, posso ou não?")  passei para a Universidade do Porto, que não era minha primeira opção nem de universidade e nem de curso (era design de comunicação), eu queria mesmo era a Universidade do Minho no curso de design de moda,  mas mesmo assim levei pra frente (ainda sem pensar e sem saber porque).
       Quando chegou o momento de realizar minha inscrição diretamente com a Universidade as coisas começaram a mudar de novo: a inscrição era complicada demais, eu não conseguia fazer e ao mesmo tempo uma vaga na Uminho não tinha sido preenchida, então eu entrei em contato com a minha faculdade para saber se podia tentar pegar a vaga que estava sobrando, o moço me alertou que pra isso eu teria que desistir antes da Uporto e caso não desse na Uminho eu ficaria sem nenhuma. Desisti e tentei.
       Três dias de agonia se passaram e o Igor, que cuida das relação internacionais da UTFPR, me enviou um email que a Universidade do Minho, Campus Guimarães tinha aceito minha inscrição, agora só bastava esperar que me aceitassem para estudar e lá se vão mais muitos dias de agonia e a nossa carta de aceite chegou: Aceita na Uminho. Ia ser em Guimarães. Hoje sei que sempre foi pra ser lá. Após a carta de aceite começou a loucura de tirar passaporte, conseguir seguro saúde, tirar visto, achar lugar pra morar..depois de muita dor de cabeça, um vôo remarcado devido ao atraso do visto e muito dinheiro gasto dia  14 de fevereiro de 2014 eu embarcava em São Paulo rumo a Guimarães.
       Era a minha primeira vez dentro de um aeroporto, não consigo nem explicar o que senti quando fiquei sozinha dentro da área de embarque, só queria pedir pra minha família que voltassem e me levassem embora. Entrei no avião sozinha, pra voar pela primeira vez e por 9h. não sabia nem o que esperar e já digo: não foi bom. Passei mal quando o avião decolou (hoje já digo que essa é a parte que mais odeio) e não dormi a viagem inteira. Meu voo fazia escala em Madrid, lá recebi ajuda de uma senhora que estava comigo no avião para me orientar e depois conheci uma das meninas que estaria comigo até o fim do intercambio, a Olivia. Eu, Olivia (e Erica, que parou no Porto) embarcamos juntas para Portugal e depois Olivia e eu fomos juntas até Guimarães (de get bus).
       Primeiro pensamento ao ver a estrada para Guimarães: sem graça e cinzento. Primeira impressão sobre Guimarães: cinzento e triste. Era inverno, chegamos com frio e chuva e fomos bem recebidas pela indelicadeza que é de costume para alguns portugueses, que nós deixaram andar na chuva até esperar um taxi. Cheguei na minha casa, primeira impressão? Fria, feia, triste. Lembro muito bem de minhas amigas irem dormir (já moravam lá a 6 meses e eram super familiarizadas com a casa e as rotinas) e eu fiquei sozinha, sem internet, sem notebook graças a tomada brasileira e com frio.
       Tentei comer um ovo (não consegui, tinha ficado horrível) então botei uma roupa quente, me enrolei em duas cobertas e fiquei sozinha na sala (com uma tv que não funcionava) até pegar no sono. Quando consegui sinal de internet mandei fotos pra minha família e namorado tentando passar uma imagem de felicidade e que estava amando tudo, mas na verdade foi um dia HORRÍVEL. Passei o dia me perguntando o que eu estava fazendo lá, porque tinha ido e achei que tinha feito uma burrada e o preço disso ia ser 6 meses de puro sofrimento.
       Com a chegada da Isabela e o tempo as coisas foram melhorando, mas eu tentava arrumar cada vez mais problemas para justificar minha ida de volta pra casa: gripe, problemas com a faculdade, falta de adaptação... Os primeiros 20 dias foram de tristeza interna, de máscara total de felicidade enquanto sofria loucamente por dentro querendo minha casa. Depois de me machucar com isso por um tempo percebi que não adiantava ficar daquele jeito e ia curtir meu intercambio do meu jeito e assim eu fiz.
       Me acostumei com a falta da família, passei a curtir minha casa (mesmo com todos os defeitos que ela tinha) e principalmente, me apaixonei pela minha nova cidade.
No primeira dia em que caminhei por Guimarães já perdi aquela primeira impressão de cinzento e triste. O tempo continuava frio mas a cidade já se mostrava linda a cada passo, quando cheguei no Centro Histório (Patrimonio Cultural da Humanidade pela UNESCO) tive aquele choque cultural enorme de "caraca, estou em outro país" graças as ruazinhas medievais super preservadas, os cafés na ruas, as igrejas super antigas..coisa que eu nunca tinha visto no meu país.
       Mas conforme o tempo passava aquela admiração que eu tinha pela beleza da cidade, pelo fato dela ser toda histórica foi virando amor graças um detalhe: ela era minha cidade agora. Viver como cidadã em Guimarães mudou tudo no meu intercambio, poder andar em volta ao parque da Quintã para ir pra faculdade, ir em sentido as fontes para chegar o Pingo doce, descer até o Guimarães shopping, passear sem rumo dentro do Continente, assistir o Vitória jogar no Estádio Dom Afonso Henriques foram algumas das coisas que fizeram eu me sentir parte daquele local, me fizeram ver que eu não era mais uma estranha perdida em outro país, eu finalmente me senti em casa.
       Hoje, depois de quase 5 meses que estou de volta pro Brasil, só Deus sabe a falta que eu sinto de sair passear pelas ruas de Guimarães. Agora que eu estou aqui de novo eu percebi o quanto eu amei viver em Portugal e as coisas maravilhosas que isso trouxe na minha vida. Hoje eu entendo o amor, o patriotismo louco que os Vimaranenses tem por Guimarães, pois mesmo vivendo lá por apenas 6 meses, aquela cidade me cativou pelo resto da vida, o amor que eu tenho por aquela terra é o mesmo que tenho pela terra em que nasci.
Hoje assisti um vídeo e nele falava a seguinte frase:


“Guimarães não é só um local de ver e fotografar é, sobretudo um local que deve ser sentido, partilhando a vivência diária de uma cidade elegante e com um charme único. Quem visita Guimarães parte sempre com fortes laços de amizade e uma grande vontade de voltar”

       Fiquei feliz em ouvir pois é exatamente o que eu penso: eu senti, eu vivi o dia a dia da cidade como quem nasce lá, tenho o privilégio de dizer que morei em cidade linda, berço de uma nação, ou seja, incrivelmente histórica.Hoje eu sei que Deus fez tudo certo mesmo que por linhas tortas, porque os sentimentos que eu tenho em mim relacionados ao meu intercambio são os melhores que eu posso ter: amor e a saudade boa. E eu sinto de todo coração que essa frase acima verdadeira, é isso que eu vou sentir até pisar novamente naquela cidade: uma grande vontade de voltar.

Minha primeira selfie (16/02/2014. 2º dia- inverno)
Minha última selfie (20/07/2014. 5 dias para ir embora - verão)
<3




0 Neve pela primeira vez!

Para comemorar o primeiro mês do intercambio fui com um grupo de amigos fazer uma das coisas que eu mais queria ver no inverno europeu: Neve. Antes mesmo de sair do Brasil tinha falado que precisava ver neve, tava doida pra ir logo pra poder aproveitar bem o inverno e consegui, mas não na cidade onde eu estava, já que em Guimarães não costuma nevar então nós fomos para a Serra da Estrela, em Covilhã.
Fomos até lá com uma empresa que faz viagens pra cidades portuguesas a um preço bem baixo, pagamos se não me engano 15 euros cada, mas tivemos que incluir no preço uma passagem de comboio até Porto, já que o ônibus ia sair de lá. O autocarro (jeito português de falar "ônibus") ia sair de lá as 8h, então nós tivemos que sair bem cedo de Guimarães pra conseguir chegar a tempo, já que o comboio demora mais ou menos 1h15 pra chegar até Porto, mas como nada pode ser fácil de mais, nós perdemos o trem por 1 minuto de atraso (sim, 60 segundos! Em Portugal eles são bem rígidos em questão de horário de transporte, se estava marcado para 6:48, então sai 6:48), quando pensamos que estava tudo perdido o guarda da estação nos disse que sai outro trem dali alguns minutos, só que custava um pouco mais caro, já que era mais confortável, a passagem no comboio para Porto, custava se eu não me engano mais ou menos uns 3 euros e nesse outro trem ( que fazia apenas parada em Porto, ia até Lisboa) custava uns 9 euros, pra quem é estudante e conta as moedinhas pra comprar qualquer coisa essa era uma grande diferença, mas nós decidimos ir.
Chegamos em Porto um pouco atrasados e pra ajudar descemos na estação errada, mas o senhor que cuidava da viagem foi muito legal com a gente e foi até lá nos buscar. De lá lembro de pouca coisa já que estava tão cansada que dormi quase a viagem toda, lembro apenas de termos parado em Viseu para ir até o suposto Palácio de Gelo (lugar onde se podia patinar e que na minha cabeça e na de Isabela era literalmente um castelo feito de gelo e na verdade era um..shopping) e de lá íamos parar para almoçar. Esse foi um ponto negativo da viagem, era um pouco desorganizado, pois fizemos três paradas pra comer, uma seguida da outra, podíamos ter parado apenas no shopping já que lá tinha lugar pra caramba pra comer né?
Depois da terceira parada, que foi um uma vilinha em Seia, subimos até torre, o ponto mais alto da serra. A estrada era bem cheia de curvas e conforme iamos subindo já dava pra ver o branco da neve na ponta das montanhas, mas de longe eu pensava "nossa tem pouca neve, que droga" ou "que chato que vai ser isso, esse cara mentiu que ainda tinha neve" mas conforme fomos nos aproximando já fiquei impressionada: tinha muita neve ainda. Quando o ônibus ia passando tinha lugares em que a neve na estrada ficava quase da altura do carro e a paisagem era quase toda branquinha, salvo por umas pedras onde a neve já tinha derretido.


Pisar na neve pela primeira vez foi engraçado, a textura é bem diferente do que eu imaginava, não sei como eu pensava que era, mas é basicamente gelinho moído acumulado haha. Achei a serra da estrela muito bonita, não tinha nada pra fazer além de curtir a neve, mas porque né? isso já bastou! Tinha uma pequena área comercial onde vendiam botinhas tipo ugg de lã da serra, canecas, imãs, lembrancinhas e o queijo maravilhoso da serra, que até hoje estou arrependida de não ter comprado.
Enfim, foi um dia que ficou marcado na minha vida, foi tipo uma daquelas coisas pra riscar da lista de desejos sabe? Depois de um primeiro mês meio conturbado aquele dia me deu um novo gás pra encarar a vida em um novo país e viver isso com o meus amigos fez tudo ficar ainda mais especial.



0 God Save the Queen!

A viagem de Amsterdam para Londres foi bem mais tranquila que a anterior, tirando os pontos "Imigração" e "Balsa". Tivemos que passar na imigração antes de atravessar o canal até Londres, nós já tínhamos sido avisadas de que os policiais eram bem rigorosos e que era para manter a calma na frente deles, chegamos lá as 3h da manhã, descemos, mostramos o passaporte e fomos encaminhados para um sala onde tínhamos que preencher um formulário que perguntava coisas como "de onde é" "quantos dias vai ficar em Londres".. respondemos e fomos passar pela policia. Eu estava calma, fiquei até impressionada com isso, a policial me perguntou de onde eu era, o que estava indo fazer na capital britânica e como eu ia voltar, nessa ultima respondi que ia voltar de avião e então ela pediu para ver as passagem..e foi ai que complicou: esquecemos de imprimir o check-in do voo de volta e então ela me despejou várias perguntas e eu apenas tentei manter a calma e disse que ia tentar arrumar o check-in (mas era impossível já que lá não tinha internet) depois de alguns minutinhos de enrolação ela conversou com a policial que estava atendendo a Isabela e elas perguntaram se estávamos juntas, quando dissemos que sim, sabe se lá porque elas nos deixaram passar.

Voltamos para o ônibus e seguimos viagem só por mais uns minutos e paramos de novo, achei que fosse apenas uma parada para um lanche, então descemos, usamos o banheiro e voltamos para o carro, ficamos muito tempo esperando, nos perguntando como o ônibus ia sair daquela garagem que estava LOTADA de carros..enfim, desistimos de esperar ali pois estava muito barulhento (Isa concluiu que devia ter um trem por perto) voltamos para o restaurante e depois de uns minutos lá dentro chegamos a inteligentíssima conclusão de que estávamos na balsa para Londres haha!

Ficamos lá por 1 ou 2h não sei dizer direito, voltamos para a terra firme e as 7h da manhã estávamos em Londres! Pegamos o metro para Victoria Station e de lá fomos até a estação de Willesden Green, onde morava a nossa nova anfitriã, a Fernanda. O apartamento era pequeno mas muito bonito e confortável, a Fernanda nos deixou muito a vontade e até nos emprestou um mapa da cidade de tecido impermeável que nós usamos durante toda a viagem e nós ajudou muito, pois mapa de papel e o clima chuvoso de Londres realmente não combinam né?

Começamos o turismo por Londres descendo na estação de metro de Waterloo, de lá paramos no McDonalds sagrado de cada dia e seguimos rumo a London Eye.  A roda gigante de Londres realmente é enorme e muito bonita, mas também é cara demais pra duas estudantes universitárias intercambistas tendo que pagar em uma moeda 4 vezes mais cara que a do seu país, por isso decidimos não subir e começamos a nossa caminhada na ponte Westminster, que apesar de lotadíssima de outros turistas que mal nos deixavam andar,é linda e a vista que se tem dela do Big Ben é incrível! Aaaaah e o Big Ben é maravilhoso, nada te faz se sentir mais em Londres do que ver os ônibus vermelhinhos de dois andares passarem na frente do parlamento.
London Thing's <3

O nosso próximo destino foi a Abadia de Westminster, não entramos porque a igreja é uma construção que pertence a Rainha, então é paga (e bem paga). Só entramos em uma igrejinha que fica do lado, mesmo pequena é muito bonita! Caminhamos de lá até a Downing Street, aonde mora o primeiro ministro de Londres, fomos para a Trafalgar Square, uma praça no centro de Londres que fica pertinho da entrada do Palácio de Buckingham, que foi o nosso próximo destino. A casa da Rainha é é enorme e linda, mas não tanto quando eu imagina, mas claro que o fato de só poder ver tudo de longe estraga bastante, bom seria poder ter dado uma espiadinha por dentro, mas só é possível em agosto, mês que a Rainha passa férias em outro palácio.
London Eye, Palacio de Buckingham, Abadia de Westminster, Parlamento, Big Ben, Trafalgar Square e "Horse may quick or bite, thank you" :P

Pegamos uma carona no famoso ônibus vermelho de dois andares para visitar o Victoria and Albert Museum, que é um museu voltado para decoração e design, graças ao cansaço (de andar e de ver museus) visitamos apenas a parte de moda, que é impressionante e muito completa, e a de design de jóias. Pegamos mais um ônibus para conhecer a Harrods, a loja de departamento mais luxuosa do mundo, como a passagem lá foi rápida, nós demos uma volta pela rua, visitamos outras loja, passamos no Mc Donalds, procuramos um mercado barato (complicado em Londres?) e depois voltamos para a casa.
Victoria&Albert Museum, um pouco da área de historia da moda e a famosa Harrods.

No segundo dia começamos nossa primeira parada foi na parte mais moderna da cidade, aonde se encontra a prefeitura de Londres e outros prédios ligados de empresa, essa área foi uma surpresa pra mim, pois depois de visitar a parte mais antiga (e também outros países onde é difícil encontrar arquitetura moderna) foi bem diferente ver tantos prédios enormes com tanto vidro, de lá também é fácil ver o Shard London Bridge, o prédio mais alto da Europa. Passamos pela Tower Bridge (um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade) pela Tower of London (castelo histórico que hoje abriga as joias da coroa e há quem diga, o fantasma de Ana Bolena) de lá fomos até a St Paul's, igreja maravilhosa que tem a segunda maior cúpula do mundo (só perde pro vaticano) a entrada é paga, mas se não quiser pagar da pra entrar e ver uma parte de graça e dá pra dar uma espiada no resto também. a igreja fica bem perto da Millennium Bridge, uma ponte suspensa que leva até ao Tate Modern, museu de arte moderna e contemporânea.
Tower Brigde, a prefeitura de Londres, St Paul's, a vista da Millennium Brigde de dentro do Tate Modern, vista da St Pau's da Milleunnium e eu andando na própria ponte!

De lá iamos ao Covent Garden Market, mas acabamos achando uma Boots (rede de farmácia Londrina) e ficamos por horas fuçando lá dentro e ai mudamos o roteiro e fomos direto para Chinatown, que é, como o nome já denuncia, o bairro chinês de Londres, nós fomos até lá em busca de suvenirs baratos mas não achamos muita coisa não e os vários restaurantes de comida chinesa não nos interessaram, o que comemos mesmo foi uma coxinha de catupiry que tinha num restaurante brasileiro perdido por lá, a vontade era tanta que acho que foi a melhor coxinha que comi. Na volta pra casa passamos de onibus pela Piccadilly Circus, uma zona bem movimentada da cidade, repleta de teatros e outdoors, uma pequena Times Square londrina.
Coxinha com catupiry mais cara do mundo, um pouco de Chinatown e um clichê londrino próximo a piccadilly circus

O nosso terceiro dia começou com muito cansaço, depois de doze dias viajando já não estávamos mais tão dispostas pra turistar, então nossos planos eram ir até o museu de cera Madame Tussauds e depois ir ao Tour do Harry Potter nos estúdios da Warner, mas acabamos enrolando tanto pra sair de casa que atrasamos a ida ao museu e quando chegamos lá a fila era tão grande que se ficássemos lá iamos perder o Tour da Warner, então seguimos para um Starbucks para fazer hora e depois direto para o metro onde pegamos um overground que nos levou até Watford Junction e o resto eu já contei para vocês nesse post aqui.

Para voltar para casa da Fernanda passamos por diversos perengues, como entrar em um trem muito mais caro de que tínhamos pagado ( o overground tem o mesmo preço que o metro comum) por engano e passar o caminho inteiro de volta rezando para não ser pegas ou a coisa ia ficar bem feia haha e perder algo bem valioso dentro da estação e passar pelo momento mais desesperador da viagem mas Deus estava sempre do nosso lado e nós ajudou a passar por tudo! A nossa última noite em Londres foi incrível graças a Fernanda e ao Alexandre que fizeram a gentileza de oferecer de janta a melhor pizza que já comi e vários cupcakes de sobremesa, essa é uma das melhores partes de viajar: ficar na casa de boas pessoas que te acolhem sem pedir nada em troca, apenas pela vontade de ajudar quem precisa, com certeza esses dois fizeram Londres ser inesquecível pra gente!

0 Descobrindo Amsterdam!

Quando sai de Paris dia 20 de abril rumo a Amsterdam, na Holanda, já tinha comigo que ia ser difícil uma cidade superar os sentimentos que a capital francesa tinha deixado em mim, mas nunca diga nunca né? ainda mais se tratando de viagens. Mas essa viagem começou muito mal, eu e minha amiga escolhemos ir de Paris até Amsterdam de ônibus, com a empresa Eurolines e no minuto em que entrei no carro já vi que seria uma longa viagem..O ônibus estava lotado, tinha gente de toda nacionalidade, uma gritaria, pessoas ouvindo músicas alto, crianças chorando e pra ajudar não podíamos sequer abaixar o assento porque a pessoa que estava atrás reclamava já que o espaço era pequeno e então uma viagem  de 9h pareceu durar 24, foi terrível e eu já cheguei na Holanda com um mau humor de matar!

Ficamos hospedadas na casa de uma amiga brasileira, a Marina, a casa dela era bem afastada da cidade, e nós acabamos nos enrolando para pegar o metro, ainda mais com tudo escrito em holandês. Quando conseguimos entrar no trem que nos levaria até a casa da nossa amiga, vimos um caminho estranho, com muito mato e quando descemos a rua era praticamente deserta! Não vou mentir, pra quem já tava de mau humor a primeira impressão não foi das melhores e pra ajudar chegamos famintas e não tinham lugares abertos pra gente comer (já era 23h), acabamos indo dormir esgotadas e com fome.

Quando acordamos o tempo não colaborou pra mudar a má impressão de Amsterdam: o dia estava horrível! fazia muito frio e chovia demais, nós ficamos muito triste pois a previsão dizia que o dia ia ser de sol e por isso tínhamos deixado a visita para o Keukenhof para o dia 21! Saímos da casa da Marina e fomos até Leidseplein, comemos um lanche no Burguer King para matar a fome da noite passada e pegamos ônibus que nos levou de lá até o aeroporto, aonde um transfer já incluso no bilhete nos levou para Keukenhof.

Ficamos impressionadas com a beleza do lugar, mesmo com um tempo feio, foi encantadooooor ver tantas flores! O lugar é único mesmo e é impossivel estar lá e não ficar imaginando como tudo aquilo é feito..é simplesmente incrível, vale muito a visita. Quando voltamos pra Amsterdam procuramos um mercado para fazermos umas comprinhas de comida e não gastar muito para se alimentar na viagem, encontramos o mercado Albert Heijn, segundo nossa amiga é o mais conhecido na cidade, e lá nos fizemos a festa, compramos muito chocolate (miiiiiiiiiiiiiiilka) e muitas outras porcarias pra aguentar os 3 dias e gastamos apenas 10 EUROS! foi o lugar mais barato para comer, sem dúvida.

Keukenhof: O jardim da Holanda.

O segundo dia também começou desanimado, porque o tempo continuava muito feio e fazia muuuuuuito frio! Não tínhamos roteiro fixo então saímos da Central Station e fomos procurando pontos turísticos que apareciam em um mapa que ganhamos da Marina, passamos por Beurs van Berlage, New Church, e o Royal Palace, alguns desses pontos ficam envolta de uma praça (lá também fica o Madame Tussauds) e lá, nessa dia, tinha um parque de diversões, ficamos bastante tempo olhando mas não entramos em nenhum brinquedo. Depois fomos até o lugar que mais queríamos conhecer: Casa de Anne Frank, no caminho passamos em frente a uma igreja muito bonita, a Westerkerk,como era de graça resolvemos entrar, a arquitetura era bem diferente do que estávamos acostumadas a ver, mas não deixava de ser bem interessante e hoje pesquisando pra escrever isso descobri que a igreja abriga os restos de Rembrandt van Rijn, um dos mais importantes pintores da Europa e maior da Holanda.
Central Station, Parque de Diversões em frente ao Royal Palace, New Church, um canal aleatório, Westerkerk, outros dois canais aleatório, placa da Casa de Anne Frank.


O Museu Anne Frank conta a historia de uma garotinha que teve que passar sua transição da infância para a adolescência vivendo trancafiada dentro de um esconderijo com sua família e amigos para se esconder dos nazistas que tinham invadido a Holanda.  O museu mostra como era a casa na época em que eles viveram, nos coloca mas por dentro da situação vivida pelas famílias judias na guerra e realmente consegue mexer com o emocional de quem  visita. Fiquei muito impressionada e valeu cada centavo que pagamos, quando saímos museu Amsterdam parecia outra, o sol tinha surgido e dado uma treguinha para o frio insuportável que estava fazendo antes e brilhava lindamente nos canais que cortam a cidade, essa visão foi capaz de mudar totalmente minha opinião sobre o que vi lá, depois de ver aquele lugar iluminado, eu me apaixonei.
Como não amar? <3

 Nesse mesmo dia ainda demos umas voltas pelas ruazinhas de Amsterdam e fomos até a Redlight Street, a rua aonde as mulheres ficam expostas, como qualquer objeto, em vitrines. Bom, fomos relativamente cedo para lá (levando em conta que a Europa está em horário de verão e está escurecendo só a partir das 21h) mas já haviam algumas mulheres por lá, foi bem chocante e engraçado de ver, pois é totalmente fora da nossa realidade ver mulheres semi nuas dançando em vitrines no centro da cidade, mas é isso que Amsterdam é: um mundo paralelo.

Nosso terceiro dia foi muito corrido, pois tínhamos que estar de volta para casa da Marina até umas 17h para podermos nos trocar, comer e sair para pegar o ônibus que nos levou para Londres. Nosso primeiro ponto foi o Hard Rock Cafe, seguimos caminho ao lado do canal até chegar ao Rijksmuseum, paramos para tirar algumas fotos e continuamos até chegar no Van Gogh Museum, como tínhamos acabado de ver uma exposição do pintor do Musée D'Orsay em Paris, resolvemos não entrar, tiramos nossa foto na frente do enorme letreiro  I AMSTERDAM e depois simplesmente deitamos na grama da Museumplein, e ficamos tomando um sol que não víamos faz tempo por hoooooras, foi maravilho.
Após sairmos do transe fomos de metro até a Opera House, Jewish Historical Museum e Rembrandt House (lembrando que ficamos apenas na frente, não entramos em nenhum museus em Amsterdam a não ser o Anne Frank) de lá acabamos trombando com uma feirinha ao ar livre muito legal, passamos alguns minutos lá dentro e enfim, voltamos pra casa.
Hard Rock Cafe Amsterdam, Rua Stadhouderskade, IAMSTERDAM, Rijksmuseum, Museumplein.

Como chegamos cedo na casa da Marina, tomamos banho, enrolamos na internet, demoramos pra comer e acabamos saindo super atrasadas para pegar o ônibus que nos levaria para Londres, na correria acabei esquecendo meu casaco favorito no apartamento e sofri muito na continuação da viagem pois nenhum era tão quente como ele..espero vê-lo novamente haha. Amsterdam me surpreendeu muito, apesar de ficar com uma péssima impressão no inicio, a cidade foi me conquistando aos poucos e hoje olho para todas as fotos com saudade e vontade de um dia retornar. 



0 Five days in Paris!

Dia 15 de abril de 2014 tive a oportunidade de realizar um dos maiores sonhos da minha vida: viajar para Paris. Sabe quando você tem quer muito uma coisa, acha que um dia (talvez) ela aconteça, mas mesmo assim acha que vai demorar muito pra isso acontecer? bom, era essa a sensação que eu tinha sobre conhecer a capital da França, entretaaaaanto um inesperado intercambio em Portugal me colocou dentro da Europa esse ano e como viajar por aqui é muito fácil e se você for esperto barato, então ir a Paris virou um sonho "alcançável" finalmente.

 Depois de muito estresse para planejar o trajeto (que incluía Amsterdam e Londres), comprar passagens, fazer os roteiros, escolher onde ficar e arrumar o mochilão, dia 15 de abril minha amiga e eu chegamos na cidade luz, como voamos de Ryanair (companhia aérea low cost que faz voos na Europa) desembarcamos no aeroporto de Beauvais, que ficar cerca de uma hora do centro de Paris então tivemos que pegar um transfer no aero que nos levou até a estação de Porte Maillot e lá pegamos um metro até o lugar em que ficamos hospedadas.

Primeiro problema da viagem: como sou do interior de São Paulo e em Portugal eu moro em uma cidade pequena, eu nunca havia andado de metro na minha vida e lá dentro vivi um pequeno momento de desespero pois não sabia o que fazer, nem pra onde ir, graças a Deus tinha uma francesa que falava um português enroladíssimo que nós ajudou a achar a nossa estação. Fomos até estação decorando os nomes em francês e aprendemos bem rapído a nós virar, Paris é muito bem sinalizada em inglês e dentro do metro existem orientações no idioma também.

 Nos perdermos (a primeira das milhares de vezes que isso ia acontecer em 5 dias) ao tentar chegar na casa da Marine, a francesa que alugou a casa dela pra gente durante a nossa estadia através do Airbnb. Pra quem não conhece esse site, lá é possível alugar um apartamento onde você vai conviver com o proprietário durante os dias em que ficar no local. As maiores vantagens são que você fica em uma casa confortável com muito mais privacidade do que dividindo um quarto de hostel com várias pessoas, pode descansar tranquila depois de um dia longo fazendo turismo e isso é muito mportante para ter uma viagem boa, já que ficar estressada e sem dormir estraga tudo, você pode cozinhar na casa (o que economiza muito dinheiro já que Paris é uma cidade cara), o preço é justo (na época em que fui era o mesmo que nos hostels que ainda haviam vaga) e ainda tem a experiência de passar uns dias na casa de um morador local e viver um pouquinho do estilo de vida dele, eu recomendo muito!

Após nos instalarmos na casa da Marine (e que casa fofa viu? fiquei apaixonada), começamos a turistar por Paris <3 No primeiro dia tínhamos planejado começar pelo Arco do Triunfo, andar pela Champs-Élysées, passar pelo Jardim da Tulherias e conhecer o Louvre, mas acabamos descendo primeiro no Jardim, fomos até o museu e demos de cara com as portas fechadas (não abre as terças-feiras). Resolvemos então seguir até o Arco do Triunfo..foi ai que nos perdermos MUITO, saímos sem saber aonde ir, ficamos horas rodando pela cidade totalmente sem rumo e acabou sendo muito bom (no inicio) pois conhecemos lugares que não estavam no nosso roteiro, como a Galeria La Fayette (que apesar de não ser pro nosso bolso, compensou a visita pois a arquitetura do lugar é única). No final do dia conseguimos chegar na Champs-Élysées (depois de muita, muita caminhada) e cumprimos o roteiro do dia. 
Jardin des Tuileries, Musée du Louvre, Galerie LaFayette, La Seine, Place de la Concorde, Arc du Triomphe


Na manhã seguinte estávamos muito cansadas e acabamos dormindo um pouco mais (pode ok? haha) e as 11h saímos rumo ao lugar que mais queria conhecer na França: O Palácio de Versalhes. Para irmos até lá tínhamos que pegar um trem, já que Versalhes não fica em Paris, fica em...Versalhes, que é uma cidade vizinha e é CLARO que nos perdemos u.u descemos no ponto errado e foi a melhor coisa que nos aconteceu nesse dia, já que acabamos encontrando outros 5 brasileiros também perdidos e fomos todos juntos até o palácio. Eu havia lido que não era para tentar visitar Versalhes das 11h as 13h e esse foi exatamente o horário que nós fomos e lá percebi que devia ter levado a dica a sério, pois a fila era IMEEEEEENSA, com certeza a maior que já vi na vida, mas como em todas as filas que fiquei na França, foi mais rápido do que parecia ser e em 1h já estávamos todos entrando na casa de Maria Antonieta. 

Para resumir um pouco: Versalhes é maravilhoso em cada detalhe, tudo foi feito para demonstrar a riqueza da corte francesa e eles realmente conseguiram eu nunca vi nada tão cheio de "ostentação" como aquilo,chega a ser estranho pensar que ali era a casa de várias pessoas, que elas dormiam mesmo naquelas camas cobertas de ouro e que caminhavam diariamente naqueles jardins gigantescos e lindos. Nós conseguimos conhecer toda a área interna do palácio, mas infelizmente quando saímos para os jardins já passava das 18h e eles começam a fechar tudo nesse horário, então não pudemos ver o Grand e nem o Petit Trianon :c essa vai ser minha desculpa para voltar mais vezes e desta vez vai ser antes das 11h da manhã! O Palácio de Versalhes foi o lugar mais marcante que visitei nos meus 5 dias em Paris, sem dúvidas. 
Exterior e Interior do Château de Versailles.

No terceiro dia, o tempo estava melhor e menos frio que nos outros dois dias e fomos conhecer a Basílica Sacré-Cœur, eu fui sem esperar muita coisa e acabei ficando muito impressionada com a vista da cidade que tem lá em cima e a igreja é enorme,muito bonita por dentro, toda iluminada com velinhas que os fieis acendem fazendo pedidos e vários painéis de mosaico maravilhosos (Tem que estar com as pernas em dia pois são muitas escadas pra subir até lá). De lá fomos até a Place du Tertre onde tem vários cafézinhos lindos, é aquele tipo de lugar onde você percebe que está em Paris sabe? lindo! Nesse bairro tem MUITAS lojas de suvernir legais e nós ficamos atordoadas com a quantidade de coisas que tinha para comprar, eu acabei levando dois lenços de cetim por 3 euros, uma bagatelaaaa o/ (achei Paris relativamente barata para comprar lembrancinhas, em comparação com Londres e Amsterdam). 
Tínhamos planejado de ir ao café da Amelie Poulain e a casa de Van Gogh que ficavam lá perto da Place, mas não encontramos nenhum dos dois então pra não perder tempo caminhamos de lá até Moulin Rouge, fiquei boba com a quantidade de casa de shows e sexy shops que tem naquele rua haha! Tentamos mais uma vez conhecer o Louvre e foi mais uma tentativa frustrada pois o museu  fechava as 18h naquele dia :/ então corremos vimos a Monalisa e demos uma voltinha no Carrousel du Louvre, que um shopping subterrâneo embaixo do museu é lá que fica a Pirâmide invertida falada no Código da Vinci (a boa desse dia foi que consertei meu Iphone na loja da apple lá no shopping, ele tinha "morrido" no primeiro dia e eu já estava tendo surtos de abstinência)
Vista da Basilique du Sacré Coeur, fachada Moulin Rouge, a Basilica, La Pyramide Inversée, arredores da Place du Tertre


O quarto dia foi cultural: Museu D'Orsay, Hotel des Invalides (um complexo com vários museus como Musée de l’Armée, o Musée des Plans-Reliefs, o Musée de l’Ordre de la Libération e a Eglise de St-Louis-des-Invalides, lá também se encontra o Túmulo de Napoleão) e Museu do Louvre foram os passeios O Hotel des Invalides eu curti muito, pois entrei de graça  já que sou estudante da UE (vale para todos os museus da cidade, inclusive o Louvre, rendeu uma economia e tanto) se não fosse de graça não sei se pagaria.. vimos o museu da arma, o de plantas e um que fala sobre a revolução francesa, é legaaal mas foi mais legal não precisar pagar pra ver haha. O museu D'Orsay é lindo mas eu confesso que já estava cansada de tanto andar e enjoada de ver museus, vimos apenas o que interessava e visitamos uma exposição especial de Van Gogh que estava lá. Aproveitamos que nas sextas o Louvre fecha as 21h e fomos finalmente conhece-lo melhor, também entramos de graça (essa é a melhor coisa de ir pra Paris sendo estudante da UE, economiza DEMAIS já que todos os museus são free) e já na entrada pegamos o mapa e escolhemos as áreas que iamos ver pra poder controlar o tempo pois o lugar é gigante e é impossivel sair andando sem rumo achando que vai ver tudo. Passamos pela parte egípcia, pinturas italianas, esculturas gregas e o apartamento de Napoleão.
Hôtel des Invalides, Tumba de Napoleão, Musée D'Orsay, Ala egípcia do Louvre, Apartamentos de Napoleão e roupa exposta no Musée de l’Ordre de la Libération

No ultimo dia na cidade luz começamos o Jardim de Luxemburgo que não foi tão impressionante quanto deveria ser, pois não passa de um parque com um pequeno palácio..coisas que tem "em todo canto" em Paris, é bonito mas não é imprescindível, de lá caminhamos (paramos no caminho para comer um crepe com nutella, bem francês hiho) até a Catedral NotreDame, eu achei linda mas, não sei, acho que esperava mais, os vitrais são lindos mas a igreja é muito escura para que eles possam se destacar então você, basicamente, vê só isso, mas por fora ela é incrível! de lá fomos até o Palácio da Justiça, sede do poder dos reis franceses entre os séculos X e XIV e lá é possível visitar o que restou desse local: a  Conciergerie e a Sainte Chapelle.
A Conciergerie era uma antiga prisão e foi lá que Maria Antonieta ficou antes de ser guilhotinada na revolução, então o lugar que não tem muito pra ver é lotado de suvenir da última rainha da França, inclusive um livro maravilhoso e completíssimo sobre a história da vida dela que pode ser comprado pela bagatela de 175 eurinhos!! fora isso tinham muitos outros livros, caderninhos, canetas (muitos iguais aos que tinha em Versalhes) acabei levando um chocolatinho (bem ruim) com uma embalagenzinha toda vintage com a foto dela. Saindo do Palácio fomos até a Pont des Arts, aquela cheeeeeeia de cadeados dos casais apaixonados que vão a Paris e que está com risco de cair de tanto peso extra, juro que fiquei de queixo caído quando cheguei lá são TANTOS cadeados que é impressionante como a ponte ainda não caiu mesmo, foi difícil achar um espacinho livre pra colocar o meu. O último passeio em Paris foi a cereja do bolo..a torre Eiffel.

Caminhamos de ponte até a torre (não é muito perto e nem muito longe) e quando fomos chegando eu só conseguia pensar "é isso? como é pequena" mas eu chegar lá eu me deixei levar pela emoção de estar perto dela finalmente. Sentamos um pouco no gramado do Parc du Champs de Mars, que fica bem atrás a torre, depois de descansar um pouquinho subimos até o Trocadero para ver ela se iluminar a noite, quando começamos a subir eu parei e olhei pra trás e ai sim vi porque as pessoas amam tanto esse ponto de Paris: era maravilhoso.Ver as fontes, o carrossel e a torre..nossa é uma vista inexplicável! Ficamos lá em cima cerca de uma hora esperando, estava frio demais e estávamos muito cansadas mas não arredamos o pé da grade até ver a torre brilhar pela primeira vez e que saber? valeu muito pena foi muito emocionante e eu nunca vou esquecer daquelas luzinhas piscando na noite de Paris! <3

Jardin du Luxembourg, Cathédrale Notre Dame, Sainte Chapelle, Palais du Justice, Pont des Arts
La Tour Eiffel <3

No outro dia só fomos até a estação onde pegamos o ônibus para seguir até o próximo destino: Amsterda
m. Hoje, quase dois meses depois da minha primeira ida a Paris já sinto uma falta enorme daquela cidade, vejo as fotos e tento lembrar de cada ponto daquele lugar que não tem um cantinho feio sequer, a memória já não me ajuda muito mas eu ainda volto pra poder reviver de pertinho os sentimentos únicos de estar na cidade mais linda do mundo.
 

0 Realizando um sonho em "The Making of Harry Potter"

Em abril desse ano tive a oportunidade de viajar pra Londres e enquanto ainda estava planejando a viagem vi uma publicação na página oficial de HP no facebook sobre o tour pelos estúdios da Warner Bros onde foram gravados os filmes, eu já havia lido sobre o tour, mas em nenhum momento passou pela minha cabeça colocá-lo no meu roteiro. Óbvio que eu já fui correndo ler mais sobre e quanto mais lia sobre mais queria ir e apesar de saber que ia pesar no meu bolso de universitária intercambista eu deixei meu sonho falar mais alto acabei comprando o ingresso para o dia 26 de abril (a entrada sem áudio-guia e sem o guia oficial em papel custa 30 libras)

Chegando em Londres turistei por 2 dias antes de ir aos estúdios, mas minha cabeça não saia de lá, queria ir logo! No dia 26 saímos da casa onde ficamos hospedadas e fomos até o underground e de lá pegamos o overground rumo a Watford Junction, descemos e fomos até um ponto onde um ônibus todo temático nos levou até a Warner por 2 libras. Achei muito inteligente como eles sabem mexer com os fãs desde o inicio da atração, dentro do ônibus eu já comecei a  sentir o clima de Harry Potter graças a uma músiquinha que fica tocando dentro do carro e vídeos sobre o tour que ficam passando em uma tela.

Após validar o ticket, entrei no estúdio e já fiquei completamente encantadaaaa com tudo que vi lá dentro, fotos enormes dos atores nas paredes, o ford anglia do senhor Weasley "voando" em um canto da sala, malas de Hogwarts decorando a entrada e sem contar com a vista para loja que é de enlouquecer qualquer um.



Depois de enfrentar a fila entrei em um salão aonde apareceram vários vídeos falando sobre como a saga nasceu e como foi surpreendente o quanto ela cresceu, a próxima sala é um cinema e um filminho é exibido, nele Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson falam sobre como foi a vida deles no estúdio e nos convidam a entrar para conhecer melhor e a filmagem termina com a porta do Salão Principal. Pra mim essa foi a parte mais emocionante do tour, pois quando pensei que ia levantar e caminhar até outra sala, a tela do cinema simplesmente se levanta e a porta do salão (igualzinha estava sendo exibida no filme) aparece na minha frente, de forma sólida e muito real hahaha e ai chorei..  <3
Dentro do salão principal eu me senti no meu primeiro dia em Hogwarts, era igualzinho nos vemos nos filmes (só que bem menor) tem as mesas, manequins vestindo os trajes que os atores usaram nos filmes..tudo muito lindo e que dá impressão de estar realmente dentro do castelo, tirando o fato que o teto é cheio de holofotes e não velas :(. Apenas dentro do salão principal o tour é feito com uma guia, depois disso é totalmente livre você pode caminhar por onde quiser, ficar quanto tempo desejar admirando os milhares de detalhes que se tem pra ver.

The Great Hall




























Passando do salão principal, entrei em uma grande sala com VÁRIOS objetos dos filmes, como decorações do baile de inverno, figurinos dos personagens, o espelho de Ojesed, as relíquias da morte, varinhas e até os portões de Hogwarts. É nesse mesmo ambiente que estão alguns cenários (tão pequenoooos) usados nos filmes, desde a sala comunal da grifinória até o Ministério da Magia!

Decoração do baile de inverno, figurino Fleur Delacor, Portões de Hogwarts, Medalhão de Salazar Slytherin, objetos usados nos filmes, Anel de Marvolo Gaunt, a Taça de Helga Hufflepuff, o Diadema de Rowena Ravenclaw e o Diário de Tom Riddle


Taça Tribruxo e o ovo dourado, Baú do olho-tonto, "tocha" de Hogwarts, fóssil da sala de defesa contra as artes das trevas, quadros da Grande Escadaria, Livro de poções, Varinhas, Decretos da Umbridge



































Cenários: Dormitório dos meninos, Sala Comunal da Grifinória e Cabana do Hagrid
Cenários: Escritório Dumbledore, a Sala de Poções e a cozinha da Toca.
Cenários: O Ministério da Magia.
Em frente aos cenários do Ministério da Magia tem uma vitrine que conseguiu minha atenção por muito tempo, nela tem muuuuuuuitos objetos do mundo dos bruxos e eu achei incrível  como eles fizeram tudo pensando em trazer mais realidade para esse universo, cada artefato foi feito com tanto capricho que era de deixar de boca aberta!
Edições do O Pasquim e do Profeta diário, livros, o Mapa do Maroto e objetos da loja dos Weasley
O papelzinho com o nome da Fleur que foi expelido do Cálice de fogo, mais livros e muitas moedinha, diretamente do Gringotes!
O tour tem uma parte externa onde pude beber a famosa cerveja amanteigada, é meio bizarrinha no começo pois não passa de um refrigerante bem doce com um chantilly por cima mas depois de uns golinhos eu achei bem gostoso! Lá também pude ver a Rua dos Alfeneiros nº4, o Noitebus, a moto do Hagrid, o Ford Anglia, a casa dos Potter, a Ponte Suspensa e as peças de xadrez de bruxo.
Túmulo de Tom Marvolo Riddle, Noitebus, Ford Anglia, Moto do Hagrid

Casa dos Dursley, Ponte Suspensa, Casa dos Potter, peças de Xadrez de Bruxo.
Seguindo o tour, voltei para a parte interna no estúdio, onde pude ver a criação dos efeitos especiais dos filmes: as maquiagens, os objetos mecânicos, os personagens "em cera" ( tem um nome correto, mas não consigo me lembrar), a construções dos animais (tem aragogue, bicuço, grindylows, sereianos..). Essa área é completamente lotada de informações, não dava pra saber onde olhar!
Dumbledore mortinho, Hermione, Dobby, mecanismo que faz os objetos se mexerem (não, não é mágica :c) cabeça do Grope, Tia Guida, cabeça do Hagrid, Livro monstruoso dos monstros, cabeça assustadoramente real de um sereiano.

Rabo Córneo Húngaro, cabeça e esqueleto do Basilisco, "potterheads" literalmente, Caridade Burbage e Testrálio
 Depois do Salão principal o lugar que mais me impressionou foi o Beco diagonal, é tudo tão real, você realmente se sente lá (tirando os holofotes novamente) é lindo de viver ver cada lojinha, os produtos que elas vendem..enfim, é um lugar fantástico!
Diagon Alley e suas lojinhas.


A ala seguinte é a sala da "arquitetura de Hogwarts" e não teve como não lembrar da minha irmã futura arquiteta lá dentro. As paredes são cobertas de plantas de cada parte da escola de magia e cheia de maquetes (maquete de TUDO mesmo, até da carroagem da Beauxbatons e do Salgueiro lutador).
Algumas das maquetes de incríveis de Hogwarts.
Com o tour chegando no finzinho (nããão) vi a maquete de Hogwarts, aquela grandona que eles usam para gravar as cenas externas e ela é a coisa mais linda do mundoooooo! Como durante todo tour, eles sabem mexer com o sentimento frágil do fã e colocam uma das trilhas sonoras do filme bem baixinho no fundo, só para você lembrar de todos os filmes e querer chorar muito! Taí uma um pedacinho para quem não viu poder sentir um pouco do que é isso hihi
A loja que marca o fim do tour é milimetricamente pensada pra enlouquecer qualquer um, eu fiquei sem rumo lá dentro, queria simplesmente TUDO! Lá eles oferecem todo tipo de coisa relacionada ao universo Harry potter, desde chaverinhos, até os livros, roupas, itens de colecionador (caríssimos) bichinhos de pelúcia, varinhas, doces e muito (muito muito muito muito..) mais.
Um pouquinho da decoração da loja mais mágica do mundo!

O post ficou IMENSO mas eu precisava contar cada detalhe dessa experiência incrível que eu pude viver em Londres! Acho que pra quem é fã é um dinheiro muito bem gasto, o único arrependimento que eu tenho é só não ter comprado mais coisas na loja :c mas um dia eu ainda vou voltar e ver tudo com mais calma e prestando mais atenção nos detalhes, porque na euforia e com a quantidade de gente que fica lá dentro é difícil olhar tudo.  Então se você vai pra Londres e é fã do mundo criado por J.K Rowling  não deixe (JAMAIS) de ir a "Warner Bros. Tour London - Making of Harry Potter"!
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